Busca por empresas de compartilhamentos de aviões disparou no período e carência de voos comerciais para alguns destinos ainda impulsiona o setor.
Em 2021, a aviação executiva teve um novo crescimento exponencial, impulsionado por fatores econômicos, a redução dos voos na malha comercial e os cancelamentos ocasionados pela pandemia de covid-19.
Segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a movimentação da aviação executiva no Brasil em 2021 foi 20% maior do que em 2020. Um dos fatores que contribuíram para esse crescimento foi o aperto da malha convencional (comercial).
Uma das empresas que observou um bom resultado no ano foi a Prime You, que atua no ramo de compartilhamento de aeronaves de asas fixas e rotativas. A empresa registrou um aumento de 96% no número de voos no último ano. Em 2020, este percentual havia sido de 20%. Para acompanhar este crescimento, foram incluídas quatro nove aeronaves da Embraer, Bombardier e Airbus em sua frota nos últimos dois anos.
O aumento na procura por voos executivos não foi um fenômeno exclusivamente brasileiro. A WingX, empresa de consultoria especializada em tendências do setor aeronáutico, aponta um aumento, apenas na América do Sul, de 52% nas decolagens de aviões executivos nas últimas quatro semanas de 2021, comparado ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.